quarta-feira, outubro 26, 2011

Dicas para mamães de primeira viagem


Na internet, o que mais encontramos são listas de enxovais do que não pode faltar para o bebê. E elas são sim muito úteis. Porém, enquanto eu estava grávida, não encontrei nenhuma lista útil para o dia-a-dia, itens que toda mãe (de primeira viagem ou não), tem que ter em casa.

Conchas de amamentação: sei que tem vários tipos e cada uma dela ajuda em alguma coisa. A que eu comprei é a anti-empedramento da Promillus. Elas são boas para o leite não vazar, principalmente enquanto o nenê mama, pois o outro peito fica jorrando leite. Também ajudam o seio a não grudar no sutiã e, com isso, não machuca o bico. São meio carinhas (acho que uns R$ 40), mas vale muito a pena.

Rede para banheira: só com essa rede que eu tive coragem de dar banho no Vitor. E isso, depois dos 2 meses. Elas são ótimas porque não corremos o risco do nenê cair dentro da banheira e dá um super apoio para o braço.

Fraldas de pano: e aí também entra fraldinhas de boca, toalhinhas, etc. A maioria dos bebês tem refluxo e ter sempre uma fraldinha por perto é obrigatório. Deixar uma sempre perto na hora do mamá e depois, na hora de arrotar, fazer de babador. Salva de vários “banhos de vômitos”. E ter muitas não é exagero, porque o ideal é colocar pra lavar depois de cada “usada”.

Móbile pro berço: é um grande aliado para alguns minutos de descanso, além de fazer super bem pro desenvolvimento do bebê. O Vitor é louco pelos bichinhos pendurados e, nos dias mais inspirados, passa bons minutos entretido com eles.

Trocador de fraldas: a bancada para trocar é mais do que essencial. Ali em cima eu troco fraldas, roupas e coloco a banheira. O meu fica em cima do berço, encaixado.

Funchicórea: é o verdadeiro santo remédio. Da época de nossas bisavós, o pozinho acalma o bebê como um passe de mágica. É só colocar um pouquinho na chupeta (que é outro item obrigatório pra mim), que o choro acalma. Só não sei se é pelo efeito ou pelo gostinho doce. E não faz mal, dizem. E eu acredito.

Vou pensar em mais algumas coisas legais sobre os primeiros meses como mamãe e daí escrevo mais!

domingo, outubro 09, 2011

Filhos são do mundo (José Saramago)

Acabei de ler esse texto do José Saramago e A-M-E-I!!!


Filhos são do mundo (José Saramago)

Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.

Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga.

E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo!

Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!

Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice?

Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são domundo!

Volto para casa ao fim do plantão,início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver "

José Saramago

sábado, outubro 08, 2011

Nossos 2 meses!


Meu Deus, o tempo passa mesmo rápido. Já se passaram 2 meses que o meu pequeninho chegou por aqui e mudou a minha vida. Hoje, já nos conhecemos bem. E ele também já me reconhece. Não é mais só “mamá”. Agora, sou mesmo a mamãe pra ele. E a melhor parte disso tudo é o sorrisão que ele abre quando a gente conversa, quando a gente se olha ou simplesmente quando ele acorda.

É incrível como um sorriso de um bebê enche a casa, enche o coração e enche a vida de alegria. Já nos comunicamos. Ele já me entende. E eu também entendo o que ele quer.

Tem o choro do sono, o choro da fome e o choro da dor. E não tem o choro de fralda suja, porque ele não tem frescura. A mamãe que decide e sabe a hora que tem que trocar.

Ele já ensaia as primeiras “palavras” e repete o “agu” com uma vontade de se expressar...que não sei a quem puxou...Ele também já presta atenção nas fotos coloridas dos livrinhos que ele ganhou da tia Mel. Ele se diverte com o móbile que tem os amigos dele. E solta gritinho pra nos avisar quando a música acabou.

Eu já tô sofrendo só de pensar que daqui a exatos dois meses, vamos ter a nossa primeira “separação”. E a partir daí, começa uma nova fase. Mas eu prometi que não vou sofrer, ainda mais com antecedência. Vou é aproveitar nossos próximos 2 meses bem juntinhos.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Outras verdades de ser mãe...

Que ser mãe é a melhor coisa do mundo, um amor inexplicável e blá blá blá, todo mundo já sabe. E hoje eu resolvi escrever sobre um lado do “ser mãe” que muita gente não sabe (e acho que só quem é mãe sabe mesmo).

Mas como tudo na vida, eu tenho certeza que passa. É uma fase, mas a realidade nos primeiros meses é a seguinte:

Cheiro: aquele cheirinho bem bom de cremes, óleos, desodorantes e tudo mais não vai mais existir. O cheiro que uma mãe passa a ter é de azedo. Sim, o leite vaza toda hora e o nenê, depois de mamar, vomita um pouquinho. E como a mãe que quase sempre tá com ele no colo...

Sono: esse é o mais falado pelos pais de primeira viagem. Sim, aquele sono bem bom, os famosos “mais 5 minutinhos” para levantar e os sonhos de uma noite inteira NÃO EXISTEM MAIS. O que existe é fechar os olhos e abrir a qualquer momento, com qualquer suspiro do nenê. Sem contar as mamadas, que te acordam de 3h em 3h.

Corpo: ah, o nosso corpo. Descobrimos que estamos grávidas e ficamos torcendo pra barriguinha aparecer logo. Daí a barriga cresce, aparece...e se apega. Sim, o nenê nasce e a barriga (e nisso leia-se culotes também) murcha um pouco, mas fica ali. Parece que ela não quer te abandonar, porque sabe que tu vai sentir saudade da barriguinha de grávida...

Lingeries: sabem aquelas calcinhas lindas, de lacinhos, pequeninhas e bonitinhas? Podem deixar elas bem no fundo da gaveta, porque elas não serão usadas pelo menos nos primeiros 2 meses (o período onde me encontro). A gaveta fica recheada de cintas, de calcinhas bejes e enormes, que apertam a alma e um pouco mais. Ah e não posso esquecer dos sutiãs. Bolhas? Tomara que caia? Psss...usamos uns sutiãs que abrem na frente e que ou são bejes, brancos ou de bolinhas. E no começo, na primeira escapada de leite, lavamos e colocamos para secar. Depois, ah, depois seca sozinho e vai prá água pelo menos depois de umas 3 escapadas.

Sexo: o que é isso mesmo? Quando foi a última vez? Sim, nos perguntamos essas coisas. É até um pouco triste e delicado falar sobre isso, mas é a mais pura verdade. O cansaço toma conta do corpo e o que a gente mais quer é ir pra cama...e dormir!

Amamentar: a gente só gosta mesmo de dar mamá depois de uns 20 dias. Porque no começo dói. Dói muito. O meu peito saiu sangue, caiu pedaço. E daí entra o amor. Só com muito amor pra agüentar, porque é uma dor inexplicável. E salve as cascas de mamão. Depois passa. E às vezes volta, mas daí o corpo (e a mente) já estão acostumados e é (quase) só alegria. Ver o rostinho do teu filho ali, tão pertinho, olho no olho, nos faz esquecer tanta dor.

Essas são algumas verdades que nós, mães, passamos no início de tudo. Claro, é um relato da minha experiência, não quer dizer que todas vão passar por isso. Mas tudo vale a pena sim. Não é conversa mole.

Depois de um tempo, a gente não dá mais bola pro “azedinho”, aprendemos a dormir poucas horas e não sentimos tanto sono, comemoramos cada grama perdida na balança, acabamos gostando das calcinhas altas e apertadas, que modelam um pouco o corpo, esperamos pelo dia que vai dar tempo de ficar “a sós” com o papai e amamos quando ele “pede mamá”. Ser mãe é isso. E muito mais.