terça-feira, novembro 15, 2011

O egoísmo de ser mãe


É isso mesmo. Quando nasce um filho, nosso lado egoísta aflora. E com o passar do tempo, cresce casa vez mais. Se tornar mãe é se tornar uma pessoa egoísta. Claro, no melhor sentido da palavra (se é que existe). Mas é bem assim.

Desde que meu filho nasceu, eu quis cuidar dele sem a ajuda de ninguém. Eu, ele e o papai. E assim estamos até hoje e, modéstia parte, nos saindo muito bem. Mas o “grosso” mesmo fica com a mãe. E daí que aparece o tal egoísmo. A gente acha que só nós sabemos o significado de cada choro e que só nós sabemos fazer ele parar de chorar. E quando ele tá com sono e só o nosso colo que ele se aconchega? E ainda por cima agarra a nossa mão com as duas mãozinhas, bem firme? E a troca de fraldas, que é uma coisa tão simples? Ah, nós, mães, sabemos fazer melhor, é claro.

Acho que isso está relacionado com a amamentação. Depois que passa a fase da “adaptação”, é só alegria. Sou eu e ele. Só nós dois. Nada é melhor do que esse momento. Aquele rostinho tão lindo, olhando dentro dos meus olhos...como não ser egoísta meu Deus?

Falando em adaptação, na próxima segunda-feira começa a adaptação no berçário. Só eu sei o quanto está sendo difícil isso pra mim. Só de pensar, já choro. Eu amo minha profissão, adoro meu trabalho...mas nenhum amor no mundo é maior do que o que eu sinto pelo Vitor. Eu sei que a vida tem que voltar ao normal, eu sei também que os filhos são do mundo. Mas 3 meses, é muito pouco tempo para eu me separar dele. Sim, porque quando ele completar 4, já estaremos na nova rotina. Vai ser muito mais difícil pra mim do que pra ele, eu sei. E já tá doendo. Muito.

E o tal egoísmo também entra nessa história da creche. Como alguém vai cuidar do MEU filho? Como vão saber o que ele gosta? Como ele gosta de dormir? O que significa cada chorinho? E mais...é a “profe” que vai conviver com ele nos melhores momentos. Ela que vai dividir com ele muitas descobertas. Eu vou ter que parar de escrever, senão não vou parar de chorar.