sexta-feira, dezembro 07, 2012

Tantos sonhos, tantos projetos...



Uma amiga querida, a Paula Salomão (Paulinha, para os íntimos), indicou meu blog para ganhar o Prêmio Liebster Award, dedicado aos blogs com menos de 200 seguidores levando em conta a amabilidade, gentileza e beleza do blog e, claro, do seu autor. 

Então ela me fez o seguinte convite:

QUAIS SÃO OS 11 SONHOS / PROJETOS / OBJETIVOS DE VIDA QUE VOCÊ AINDA PRETENDE REALIZAR?

Eu listei alguns que não precisam ser realizados necessariamente nesta mesma ordem.



1.       Ver meu filho comemorar o primeiro diploma
2.       Ter mais um filho (este ainda está em negociação com o maridão)
3.       Deixar a nossa casa do jeitinho que a gente quer
4.       Fazer um mestrado
5.       Ganhar na mega sena
6.       Depois de ganhar na mega, comprar uma casa bem grande e colocar mães e filhos de rua para morar lá
7.       Trocar de carro
8.       Comprar uma casa na praia
9.       Morar em Salvador (ou em outro lugar encantador)
10.   Passar num concurso público
11.   Ver meu irmão realizado e feliz da vida, com tudo do jeitinho que ele sempre sonhou.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Minha metade da laranja

Em vários grupos diferentes de amigos, há quase 6 anos eu escuto a mesma frase, algo do tipo: “Acho lindo o quanto tu fala no teu marido”. Sabe por que gente? É que meus olhos brilham, meu coração bate mais forte, meu corpo arrepia e eu fico ainda mais feliz cada vez que lembro dele. E sim, lembro dele a todo o momento.

Mesmo quando não estamos pertinho fisicamente, o nosso amor é tão sincero, que nos une sem distâncias. Desculpem todos os meus amigos, mas pra mim, não há companhia melhor do que a dele. Eu me sinto segura com ele pertinho. Eu me sinto mais eu . Eu fico completa.

Te amo Rafael Nascimento. Pra sempre.

terça-feira, dezembro 04, 2012

Ele tem febre e precisa da minha presença pra tudo passar. Ele tem sono e se agarra na minha mão pra deitar e sonhar. Quando ele tá feliz, aqueles olhos brilhantes me convidam pra vibrar. Quando ele acorda na madrugada, ele fica pertinho só pra sentir meu respirar. Quando ele tá confuso, é comigo que ele quer ficar.

Aos poucos eu vou ensinando ele o que é amar. A gente se entende com um simples olhar.

Meu filho é meu porto seguro, é a minha razão de existir. E o motivo de eu acordar e dormir todos os dias com o sorriso mais puro, o sorriso de mãe.

Adorei.



Ser mãe

Não tem nada melhor nesse mundo (e aposto que nem em outros) do que o sorriso de um filho, do que ver aqueles olhinhos tão pequenos brilharem e as mãozinhas batendo palmas, transparecendo a alegria.

Não tem nada melhor do que um cheiro no cangote, uma mãozinha tão pequena agarrada na minha, dois pezinhos apressados querendo ir em frente.

Não tem felicidade maior do que acompanhar bem de pertinho tantas descobertas, do que ensinar coisas novas e de ver meu filho crescendo.

Não tem nada melhor no mundo do que ser MÃE.

terça-feira, outubro 30, 2012

De que palavras é feita minha vida



Sonhos, verbos, descobertas, sorrisos, paciência, inspiração, filho, conquistas, marido, vírgulas, responsabilidades, disposição, vontades, sono, horários, atrasos, fraldas.




sexta-feira, outubro 19, 2012

De um casal para uma família!


Ontem recebi a notícia que teremos mais um baby na família Nascimento. Os primos Rafa e Fábio serão os papais do ano. E ao ler um post da Rafa hoje, no Face, comecei a refletir sobre as mudanças que um filho traz na vida do casal. E resolvi escrever esse texto pra eles e pra quem está nessa fase da vida.
Acho que a primeira sensação é da cumplicidade. Achei uma definição bem boa: “Apoiar o outro em suas decisões, sem tentar interferir em suas idéias, ou crenças, aceitar os limites do outro, saber ouvir o que o outro tem a dizer, mesmo que você não concorde, para que o outro possa lhe ouvir também, dividir o espaço sem romper seus limites, trocar experiência e não competir entre si”. É isso e muito mais que um filho nos ensina.
O respeito e a admiração pelo outro aumenta ainda mais. A parceria então, nem se fala. Claro que a mulher acaba ficando um pouco mais sobrecarregada, mas faz parte do nosso papel. E por isso que eu disse da importância da parceria. Poder contar com o maridão é tudo na vida. Desde ele entender que precisamos dormir - e só dormir, até ele limpar a casa, inventar comidas, trocar fraldas, dar banho e muitas outras coisas. Mas claro, também não podemos esquecer deles, de reservar um tempinho para mimá-los, beijá-los e dizer o quanto eles são importantes nas nossas vidas.
Ter um filho é muito legal. Eles nos despertam sorrisos no meio da madrugada, nos dão sustos, nos encantam com um simples piscar de olhos, nos ensinam tanta coisa...e nos cansam, claro.
Cada dia é um novo dia. E a gente só sabe de tudo isso quando eles nascem, porque o que imaginamos antes de sermos pais é totalmente diferente do que quando nos tornamos realmente. A mãe sente coisas mágicas quando carrega o bebê. Quando ele mexe, é inexplicável. O pai, por mais que se esforce, não entende. É distante pra ele, por incrível que pareça. Mas o verdadeiro amor de mãe só nasce quando o filho nasce. E o pai só vira pai quando escuta aquele chorinho. Até lá, são sim sentimentos novos, mas não se comparam com o pós-parto.
Rafa e Fábio: parabéns. Aproveitem esse momento para aprender, para amadurecer, para ficarem sozinhos. Absorvam tudo que vier de bom e também de nem tão bom assim, porque ter um filho é bom demais, mas traz consigo muita coisa que temos que aprender como lidar. Vai ter muuuuuuuita gente, eu disse muuuuuuuuuita gente querendo se meter, dar conselhos (sim, eu me incluo). Tentem filtrar, porque cada caso é um caso. E contem sempre com essa família maluca e que também aprende como ser ainda mais feliz a cada dia, com o nosso príncipe.


quinta-feira, outubro 11, 2012

Nosso Dia das Crianças


 Hoje ele já entende o que é presente (e o sem vergonha brilha os olhos). Ele já entende o que é não (ou pelo menos sabe o que significa). Ele sabe levantar o dedo pra dizer que tem 1 aninho. Sabe mandar beijo, dar beijo e dar tchau. Ele sabe o que é o helicóptero, o barulho que ele faz. E a mesma coisa com o carro. Ele coloca o telefone no ouvido e finge que fala. Ele é louco por cachorro e imita o latido com uma voz bem rouca, tipo a da mamãe. 

Pra quem não tem filhos, pode parecer bobagem o que escrevi agora. Mas pra quem ganhou essa benção do Cara lá de cima, sabe o valor que cada uma dessas coisas têm.

Eu tô curtindo cada dia, cada minuto. É bom demais ser mãe. É bom demais ser criança de novo. Porque sim, com um filho, nasce uma mãe. E outra criança. Eu me jogo no chão, aprendo coisas novas todos os dias, assisto e curto os desenhos, viajo nos brinquedos...

Amanhã vou dedicar o dia todinho pra ele. Tomara que não chova para irmos para praça, nos sujar de areia, comer picolé, chocolate e tomar guaraná. Ah, amanhã pode!


Acabei de fazer esse textinho para o emailmkt que a CDL Porto Alegre  vai enviar para os papais e mamães. E gostei, por isso, divido aqui!

Ter filhos traz muito mais do que responsabilidades. Eles trazem brilho aos nossos olhos, fazem nosso coração bater ainda mais acelerado e provocam sorrisos sinceros e inesperados, entre tantas outras coisas boas.


Ter filhos é também voltar a ser criança. É engatinhar mesmo com os joelhos já calejados, é não cansar de dar colo, é adormecer zelando pelos sonhos mais puros que só as crianças têm. É reaprender aquelas matérias da escola que nem lembrávamos mais e imaginar que estamos acampando no meio da sala de casa.


Neste Dia das Crianças, vamos comemorar a benção que o Papai do Céu deu a cada uma das famílias que tem um anjinho por perto.


Feliz Dia das Crianças!!!!

sexta-feira, setembro 21, 2012

Quanto mais amor, melhor


Faz tempo que não consigo encontrar um tempo para falar da delícia do meu filho. Depois de um dia cansativo, nada melhor do que me alegrar pensando e falando do Vitor. 

Ele tá a cada dia mais esperto e também mais levado. Ele já me entende só no olhar e também ri da minha cara, sem vergonha nenhuma. Já parei para analisar quantas vezes tentei ser dura e não consegui. Mas também comemorei quando fiz certo e vi o resultado.

Ele ainda não fala palavras completas, arrisca apenas o início da primeira sílaba. Mas ele identifica cada vez mais objetos, ele sabe cair e colocar as mãozinhas para não se machucar tanto, ele ama tomar banho e já domina a bola de uma forma inacreditável.

Quando temos um filho, dividimos exatamente tudo. A cama, o travesseiro, o chuveiro, o Nescau, o sanduíche, a televisão. E como é bom tudo isso meu Deus! Ele tá me ensinando a dividir. Não isso que eu falei, que parece tão banal. Ele tá ensinando a eu me dividir. Aprendi a dividir meu tempo, a não levar o cansaço do trabalho pra casa (por mais difícil que seja) e a dividir um sorriso. A dividir o amor de mãe, mulher e pessoa. Eu amo ele a cada dia mais, amo meu marido cada vez mais e também me amo muito mais que antes. A minha vida hoje é a que eu pedi a Deus. Eu divido com ele os meus sonhos e o melhor de tudo, tô dividindo com ele a realização destes sonhos.

Tô chegando a conclusão que um filho ensina mais para os pais do que os pais para eles. É uma nova vida, novos valores, novas prioridades...é um mundo mágico, fascinante. Cansativo também, confesso. Mas se alguém me perguntar se eu quero mais alguma coisa, eu respondo que se melhorar, estraga.

Valeu Papai do Céu! Continua sempre olhando para nós!

É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

* Pablo Neruda

terça-feira, agosto 14, 2012

Uma cartinha especial para o papai!


O Vitor entregou essa cartinha para o papai Rafa, no Dia dos Pais. 

Papai,

Ainda não sei falar nem escrever, mas conversei do meu jeito com a mamãe e pedi pra ela te escrever.
Nossa história começou quando eu ainda nem existia de verdade, eu sei. Começou quando tu sonhou em ter um garotão e já chamava pelo teu Vitão. Então, tu colocou a sementinha lá na barriga da mamãe e, eu sei papai, que desde o início  tu tinha certeza que era eu que estava ali dentro. Eu vibrava quando escutava tua voz e ficava imaginando como era o teu rosto.

Então, naquela noite de chuva e trovões, teu guri nasceu. Cheguei brabo que nem meu pai, arrancando meus cabelos e abrindo o berreiro. O teu sorriso bobo me olhando enquanto eu tava ali, paradinho, eu lembro todos os dias antes de dormir. Não conheço muitos, mas posso te garantir que pra mim, é o sorriso mais sincero que já vi e vou ver em toda minha vida. Me lembro do teu cuidado ao me dar banho e ao trocar minhas roupinhas, além de sentir teu carinho me vendo dormir.

Eu fui crescendo né papai, ganhei minhas primeiras camisetas do Colorado e comecei a sentar e depois engatinhar. Hoje, eu sei caminhar, já sei te chamar e adoro brincar contigo. Papai, não fica com ciúmes não, mas eu sou um pouco grudado na mamãe, mas é só por enquanto. Depois, pode crer que vou ser teu amigão para ir no Beira Rio, cantar com o nosso Inter, colocando a mão pra frente e torcendo muito. Tô aprendendo já né papai? Tu que me ensinou!

Eu sou comilão que nem tu, observo tudo como tu, sou lindo e cheiroso como tu e quero muito ser que nem tu quando crescer. Papai, quero ser sempre teu melhor amigo, dar boas risadas contigo e tá, eu sei, que ainda vou levar muitas broncas. Mas como tudo que tu faz, eu sei que vai ser pro meu bem.
Eu poderia ficar te escrevendo tanta coisa aqui, mas a intenção de hoje era escrever prá dizer que eu sou muito feliz de ser teu filho. Tu é o melhor pai do mundo!

Feliz Dia dos Pais! Te amo muito. Do teu Vitão.

quinta-feira, agosto 09, 2012

O 1º aninho!


Esse textinho eu escrevi para comemorar com os convidados da festa o 1 aninho do Vitor. Como eu amei, divido com todo mundo agora. 

O 1º aninho!

No dia 8 de agosto de 2011, nasceu junto com o Vitor um montão de coisas boas. Nasceu uma família, um pai e uma mãe. Nasceu um montão de sonhos, de descobertas e de sentimentos.

O amor por um filho, tão falado por quem já tem, existe mesmo. E ele nasce junto com o bebê, quando escutamos o primeiro chorinho. É incrível! Confesso que a ficha demora um pouco para cair e nos fez ficar algumas noites em claro, só olhando aquele rostinho tão pequeno dormindo. Até hoje ainda nos pegamos fazendo isso. E claro que, como todos os pais bobos e de primeira viagem, chegamos bem pertinho daquele nariz tão pequeno para ter certeza que ele estava respirando.

O Vitor chegou para encher nossa vida de alegria, de amor, de amizade e de ainda mais respeito. Cada dia, desde que ele nasceu, guardamos na memória e no coração cada primeira vez. O primeiro sorriso, a primeira febre, a primeira vez que ele ficou sentadinho, o primeiro tombo, quando ele engatinhou, quando aprendeu a chamar a “mamã” e o “papa”, quando provou o primeiro feijão (e amou!) e quando deu os primeiros passinhos. É tanta coisa, que só de lembrar nos pegamos sorrindo sozinhos.

Temos um anjo, de cabelos cacheados, olhos expressivos, cílios viradinhos e da cor do pecado, que acorda todos os dias dentro da nossa casa. Uma criança abençoada, muito amada e, claro, bem levada.

Comemorar um ano do Vitor é realmente emocionante. É um marco para entrar na nossa história, para comemorar cada vitória e para nos mostrar o quanto somos felizes em dividir essa história linda com cada um de vocês que está aqui. Fiquem sempre bem pertinho da gente, torcendo para todos os nossos sonhos se realizarem e mandando boas energias. Cada um tem um espaço reservado no nosso coração.


domingo, agosto 05, 2012

Nossa melhor mistura!

Eu tive no último sábado (04/08) uma das manhãs mais interessantes da minha vida. Nunca tive o dom de ser uma observadora, o que me faz muitas vezes parecer meio fora do ar. Isso não me incomoda, não faz parte do meu jeito, mas confesso que nesse dia, as pessoas ao meu redor me fizeram perceber mais as coisas.


Peguei o Vitor para ir à pracinha e deixar o Rafa dormir um pouco. Fomos para a Praça da Encol. Ao chegar lá, notei que chamamos atenção. E não era porque tinha um bebê, pois naquela hora, a praça estava cheia de crianças. Não entendi bem e logo fui levar o Vitor para o balanço. Ele foi até lá caminhando, sem segurar minha mão. Antes de chegarmos ao brinquedo, um jovem pai me parou e perguntou quantos anos ele tinha. Falei, orgulhosa, que ele está prestes a fazer um aninho. Na hora, o pai ficou cabisbaixo e resmungou: “o meu (apontando para um carrinho que mais parecia uma nave, com uma babá ao lado) tem 11 meses e começou a engatinhar bem mesmo só ontem.” Eu fiquei meio sem graça e disse que cada bebê tem seu tempo e que logo logo o dele ia dar os primeiros passos. E pra finalizar ainda aconselhei a levar o bebê para a escolinha, que contribui muito para o desenvolvimento.

As pessoas continuavam nos olhando com um ar diferente que eu não tava conseguindo entender. Pude notar que a maioria era gente com grana e outros aspirantes, alguns metidos a besta. Como eu nunca tive problema em me adaptar a algum tipo de lugar e muito menos me fazer do que não sou, continuei curtindo essa experiência ótima que é estar com um filho numa pracinha. Então sentei em torno da areia do escorregador e o Vitor ficou ali brincando com algumas crianças e dividindo os brinquedos. E as pessoas espantadas como ele caminha bem, como ele é grande, como ele interage com os outros e também como ele estava se divertindo.

Ao meu lado, estava sentada uma mulher, com cabelos bem cacheados e a pele negra clara. Junto com ela, uma menininha loira, de olhos claros, que mais parecia uma boneca. Começamos a conversar e ela me comentou que tem um menino de 1 ano e 2 meses que ainda não caminhava (sim, sempre o mesmo assunto). E nisso, engatamos um papo. Eu notei que ela queria me perguntar alguma coisa e não sabia como, mas ela não se agüentou e logo disse, meio sem graça: “Ele é mesmo teu filho ou é adotado?”. Desde que decidi ter um filho com um homem negro sabia que um dia, isso poderia acontecer, era só uma questão de tempo. Então eu dei uma risada, passei a mão na cabeça do meu filho e disse cheia de alegria que sim, ele é meu filho sim. E que o pai dele é negro, por isso ele tem essa cor linda. Nessa hora, vi que todas as mães que estavam na minha volta meio que prestaram atenção no assunto. Acho que muitas delas estavam loucas para entender a nossa diferença de cor. E olha que o Vitor nem é tão negão! A moça que falava comigo deixa os filhos dela em casa para cuidar da filha dos patrões. Fiquei um pouco sem graça, mas disse que temos que batalhar por eles, não tem jeito mesmo.

Foi uma manhã engraçada. Dá pra notar que quem tem grana, não faz questão de mostrar e que, a maioria, é super simples. Agora o pior são os aspirantes, principalmente as mulheres, que querem se exibir a todo o momento. E no meio delas, lá estava eu. O principal troféu pra mim não é meu saldo bancário, a marca do meu carro, da minha bolsa, do meu celular. Mesmo se fosse ultrasuper positivo, o carro dos sonhos, a bolsa mais linda e o celular mais da hora, nada disso ganharia do prazer de ver meu filho ali, conquistando o espaço dele, chamando a atenção por fazer tantas coisas que, além de me encantar, também surpreendia os outros.

Eu não me ofendi com a pergunta da mulher, admirei ela por ter coragem de perguntar. Minha vontade era de ter falado mais. Meu filho é uma mistura de tanta coisa boa. Ele foi tão sonhado, feito com muito amor, esperado com carinho. Ele é criado sem frescuras e com muita atenção. Ele é espontâneo, ele fala com um olhar e tem uns cílios de babar. Ele tem o cabelo enrolado e o nariz um pouco achatado. O pai dele é negro, como um chocolate bem gostoso. A mãe, branquinha como um leite. Ele? É da cor de um Nescau, de um cajuzinho...é o nosso bombonzinho. O Vitor é da cor do futuro do Brasil.

terça-feira, julho 10, 2012

Maridão


Hoje é um dia especial para o meu amor e resolvi escrever um pouco para falar sobre ele. 

Há pouco mais de cinco anos e meio, aquele cara lindo na academia cruzou os olhos com os meus. Dias depois, viramos amigos. E um mês depois, nos beijamos pela primeira vez. Sim, saiu estrelinhas. Vi o mundo girar, uma luz lá de cima nos iluminar e uma nova vida surgir a partir dali. Foi o melhor beijo da minha vida, um verdadeiro encaixe perfeito.

Tenho na minha vida muito mais do que um marido. Tenho um cara do meu lado que me ensina como ser um pouco melhor todas as manhãs. Divido com ele a maior alegria do mundo, que é ter, criar e educar um filho. Comemoramos juntos cada pequena conquista, pois assim damos ainda mais valor para cada esforço. Dividimos contas, sorrisos, problemas, angústias, prazeres. Criamos uma família. Temos tantos sonhos, tantos planos. E já realizamos tantos outros que dá gosto só de lembrar.

Tenho dentro de casa um sorriso sincero, que não me engana só para me agradar. Tenho um homem de verdade que, como um bom representante da espécie, algumas vezes já me fez chorar.

Tenho um enfermeiro que cuida de cada cantinho do nosso castelo, que trata cada probleminha para não deixar criar feridas. Ele sabe fazer meu coração bater mais forte e consegue baixar a adrenalina para não extrapolar. Ok, esse último não é um trabalho tão simples assim, mas ele consegue.

Parabéns meu lindo. Parabéns por ser esse paizão e esse maridão. Tu é o nosso exemplo e te queremos sempre, sempre, sempre bem pertinho da gente. Que Deus te ilumine cada dia mais e que abençoe tanta felicidade ao nosso redor. Feliz Aniversário.

Te amo.

quarta-feira, junho 20, 2012

Como se lida mesmo com pessoas?

Alguns acontecimentos recentes me fizeram refletir sobre as pessoas. E cheguei à conclusão que para lidar com elas, é preciso um certo dom, que muita gente ainda não desenvolveu. Talvez por má vontade ou porque não é tão fácil assim.

Pessoas têm ego. Têm vontades, ideias, crenças e suas verdades. Pessoas têm ciúmes, medo, mentiras e vaidade. Algumas transitam fácil num mundo de falsidade, independente da idade. Outras, preferem a transparência e a humildade de dizer a verdade. Tem ainda as que gostam de ouvir críticas, elogios e até algumas dicas. Outras que não admitem que erram e então, com essas, é melhor evitar a fadiga.

Têm as que te olham de cima a baixo, sem a menor discrição. Um olhar ruim, invejoso e com o famoso olho gordo. Mas ainda bem que tem as que mal lembram a cor do seu próprio blusão. Essas, tem paz no coração. Há ainda as que te avisam que teu dente tá sujo de feijão. E claro, as que não movem um dedão.

Para saber e entender as pessoas, deve sim ser muito complicado. É um mundo louco, onde cada um tem seu jeito, sua opinião, sua fé. Um pouco de gingado, um bom e verdadeiro sorriso no rosto, um olhar sincero e claro, uma bela dose de boa vontade. Sem esse último, nada na vida vai pra frente. Talvez seja mesmo um dom. #ficadica

sexta-feira, junho 08, 2012

10 meses!



Minha memória não tão boa com certeza vai me fazer esquecer de escrever aqui algumas, das muitas lembranças que tenho até hoje, dia que o Vitor completa 10 meses. Mas com certeza, cada dia está gravado no melhor cantinho do meu coração.

É incrível acompanhar a evolução de uma criança. Desde que o Vitor nasceu até hoje aconteceu tanta coisa, que parece muito mais do que apenas 10 meses. Aquele chorinho de recém-nascido foi substituído por um choro de quem sabe o que quer. E que não é enganado tão fácil. Aquela boquinha tão pequeninha que até pouco tempo ainda mamava no meu peito, hoje tem oito dentes e quer experimentar todas as comidas que estão ao alcance dele. Fora todas as outras coisas que ele encontra pelo caminho.

Lembro bem quando eu tentava deixar ele sentado e ele mal sequer tinha firmeza para isso. Hoje? Ele engatinha a mil por hora, já fica em pé sozinho e ensaia os primeiros passinhos. O tão esperado “mamãe” ainda não está 100%, mas ele se vira muito bem com um estridente e alto “mãmãmãããããã”. E a mamãe se derrete toda cada vez que ouve isso.

O móbile que fica em cima do berço parecia que ele não alcançaria tão cedo. Hoje, ele quase destrói o brinquedo. Eu, que tanto gosto de ler, já consegui despertar no meu filho o interesse pelos livrinhos e pelas revistas. Aqueles olhinhos brilham a cada página e acompanham o ritmo da minha fala. Mas as mãozinhas gordinhas tratam de rasgar as páginas e depois levar à boca pedacinhos de papel. Não dá pra se descuidar um segundo. Um minuto é muito para acontecer qualquer coisa.

Com gênio forte de pai e mãe, uma pitada de brabeza, misturado com quem quer ser o centro das atenções. Assim é o meu leãozinho, que preenche todos os cantos da casa, da cabeça, do coração e da minha vida.  

sexta-feira, maio 18, 2012

Antes de ser mãe


Na última terça-feira (15), foi a minha primeira homenagem de Dia das Mães, na escolinha do Vitor. 
Antes de começar as apresentações, o maior presente já foi dado: este texto lindo e mais do que verdadeiro:

Antes de ser mãe,
Eu nunca tropeçava em brinquedos ou esquecia as palavras de uma canção de ninar.
Eu não me preocupava se minhas plantas eram venenosas ou não
Eu nunca pensei sobre esterilizações.
Antes de ser  mãe,
Eu não sabia que era capaz de fazer muitas coisas ao mesmo tempo
Cozinhar
Lavar roupa
Falar ao telefone
Desviar de brinquedos
Acessar email
E não perder de vista este pequeno ser que faz tudo acontecer.
Antes de  ser  mãe,
Eu nunca observei uma criança chorando para que os médicos pudessem examinar ou dar injeçoes.
Eu nunca olhei para os olhos marejados de uma criança e chorei..
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz com um simples sorriso.
Eu nunca fiquei sentada até altas horas da noite vendo um bebê dormir.
Antes de  ser  mãe,
Eu nunca senti meu coração em mil pedaços quando eu não conseguia parar a dor.
Eu nunca soube que algo tão pequeno poderia afetar tanto a minha vida.
Eu nunca soube que eu poderia amar alguém  tanto assim.
Eu nunca soube que eu amaria ser mãe.
Antes de  ser  mãe,
Eu não sabia como era o sentimento de ter meu coração fora do meu corpo.
Eu não sabia o quão especial ele podia sentir-se por alimentar um bebê faminto.
Eu não sabia o que era o vínculo entre uma mãe e seu filho.
Eu não sabia que algo tão pequeno poderia me fazer sentir tão importante e feliz.
Antes de  ser a mãe,
Nunca tinha acordado no meio da noite a cada 10 minutos para  certificar de que tudo estava bem.
Eu não conhecia o calor,
a alegria,
a dor,
o espanto
O Perdão
O AMOR!
Eu não sabia que eu era capaz de amar  tanto,


segunda-feira, abril 30, 2012

Viajar é arriscar: arriscar ser feliz!


Fiz esse texto para participar de uma revista, contando sobre uma viagem inesquecível em família. Gostei tanto, que resolvi postar. 


Viajar é arriscar: arriscar ser feliz!

Sabe quando todo mundo é contra uma decisão sua? Quando parece que o mundo conspira e diz que você só pode estar louca? Estes foram alguns dos motivos que me deram ainda mais vontade de curtir férias em Salvador, acompanhada do meu maridão e do Vitor, que no dia do embarque completava 5 meses.

Nossa admiração pela capital baiana começou nas férias de 2009 e lembro como se fosse ontem, quando ainda éramos 2, e projetamos a cena que sonhávamos em viver: voltar prá lá com o nosso filho. E assim fizemos no dia 8 de janeiro de 2012.

A família era toda contra a viagem: como assim, viajar com um bebê tão pequeno, para aquele calorão de Salvador? E se ele se gripar? E se chorar no avião? E se pegar ensolação? Nós, como bons gaúchos, sabíamos que algum contratempo talvez poderia ocorrer, mas como bons parceiros, resolvemos acreditar que tudo daria certo. E assim foi.

Passamos uma semana lá, sob um sol que brilhava todos os dias para completar a beleza da praia do Porto da Barra, nosso refúgio predileto. Sim, estava quente à beça, e nada como uma sombra do “sombreiro”, como chamam guarda-sol por lá, para refrescar nosso pequeno viajante. Um montão de bloqueador solar, um bom chapéu e uma sunga. Era o necessário para o bem-estar dele. Na época, ainda amamentava, então nem água quente era necessário providenciar.

Mas só a beira da praia não era o suficiente para suas primeiras férias. Quem vai à Salvador e não passa pelo Pelourinho, não vale. E o Vitor, claro, foi até lá (com chuva ainda por cima), andou no elevador Lacerda, escutou um bom axé e só faltou fazer sinal da cruz em cada igreja que passava. Se ele incomodou? Nem por um momento. Quando tinha sono, dormia no canguru. E se estava bem alimentado, era só sorrisos. Quando o braço da mamãe cansava, a “cacunda” do papai era a solução. Lá de cima, ver aquela beleza toda é ainda mais legal.

O Vitor conquistou os vendedores de queijo coalho, de acarajé e de camarão. Os recepcionistas do hotel quando avistavam aquele carrinho vermelho, já vinham até o nosso encontro para ajudar a subir as escadas. A garçonete no café da manhã, todos os dias, recebia um lindo sorrisão do nosso “guri”.

A ida e a volta no avião, que eu tinha medo da pressão nos ouvidos, não poderia ser melhor. Amamentei na hora da decolagem e o pequeno nada sentiu.

Essa experiência serviu de lição e nos ensinou o que é instinto materno e paterno. Escolhemos criar nosso filho sem medo, sem frescuras e do jeito que nós achamos que vai ser o correto. Nestes quase 9 meses, estamos acertando. E se Deus quiser, assim sempre será, ao longo de muitos e muitos anos.

terça-feira, abril 24, 2012

Mãe-jornalista: minha doce e feliz realidade


Aquela velha história de que ser mãe é uma profissão, é a mais pura verdade. Mas no meu caso, não bastaria. Alguns meses depois que o Vitor nasceu, eu precisava voltar a minha antiga e louca paixão de escrever, de ler, de interagir com os meios e de pensar em formas de comunicação. Há quase 9 meses ele veio ao mundo. E há quase 5, eu voltei a trabalhar. Desde então, convivo com letras e mamadeiras. Com inspiração em casa e no trabalho.

Penso em quais maneiras vou me dirigir ao público interno da organização na qual trabalho. E também como me fazer entender e conseguir me comunicar com meu filhote. Ah, e claro, em criar pautas para os veículos. A chegada do frio gera uma baita mídia espontânea para a imprensa. E também uma preocupação de mãe se o filho está bem agasalhado.

O Dia das Mães é a segunda melhor data no ano para o varejo. E chove jornalistas querendo informações do comércio e a opinião dos lojistas. Na mesma vibe, meu coração se derrete ao pensar que este será o meu primeiro Dia das Mães com o meu pimpolho.

É um mundo maluco. E apaixonante. Assessora de imprensa tem que estar pronta 24 horas, 7 dias por semana. Alguma semelhança não é mera coincidência. Mãe também tem turno mais do que integral. E quando algum colega jornalista liga, lá pelas 21h, querendo marcar uma entrevista para o outro dia, às 9h? Às 21h é a hora de preparar a mamadeira e colocar o Vitor para dormir. Mas e aí? Meu celular faz parte do mailing dos veículos e isso faz parte da profissão. O que fazer nessa hora? Com uma mão, preparar a mamadeira, com a outra, dar um colinho pro meu filho que está chorando porque tá com fome e sono e, no ombro, apoiar o celular para dar atenção ao pedido de entrevista. Sim, para o espanto de alguns homens, é possível fazer tudo ao mesmo tempo. E deixar todos satisfeitos, com seus desejos atendidos. Não tô dizendo que é fácil, mas aí que entra a parte de ser uma boa mãe e uma boa profissional. E também a modéstia, claro.

Ser mãe e jornalista são duas das muitas profissões que uma mulher pode ter. Isso que aqui, nesse texto, nem entrei no mérito de cuidar da casa, de si e do marido. Mas quer saber? Não quero outra vida não, nem em sonho. Porque aqui, na minha realidade, tá transbordando felicidade.

quinta-feira, abril 19, 2012

O RISO É PERIGOSO


Li este texto do Carpinejar na ZH do dia 17 de abril e adorei. 
Replico aqui para guardar e ler sempre que achar que devo. 


Clarice Lispector beliscava sua amiga Lygia Fagundes Telles quando entravam juntas num encontro literário:

– Não ri, vai! Séria, cara de viúva.

– Por quê? – perguntava Lygia.

– Para que valorizem o nosso trabalho.

Não há mesmo imagem de alguma risada da escritora Clarice Lispector. Em livros e revistas, a cena que persiste é seu olhar desafiador, emoldurado por um rosto anguloso, compenetrado e enigmático. Os lábios não se mexem, absolutamente contraídos, envelopes fechados para a posteridade.

Lispector não mostrava suas obturações, sua arcada para ninguém. Não se permitia gargalhadas para não parecer mulher superficial e leviana.

Ela percebeu que existe um imenso preconceito contra a alegria. Os críticos não a levariam a sério, dizendo que ela não era densa, não inspirava profundidade; acabariam por sobrepor a aparência faceira aos questionamentos metafísicos de sua obra.

Seu medo não era bobo. O riso permanece perigoso. Todos temem os contentes. Falam mal dos contentes.

O riso gera inveja, ciúme, intriga: “Por que está feliz, e eu não?”.

A alegria é malvista em casa e no trabalho, sempre intrusa, sempre suspeita equivocada de uma ironia ou de um sentimento de superioridade.

Ainda acreditamos que profissionalismo é feição fechada, casmurra. Ainda deduzimos que competência é baixar a cabeça e não entregar nossas emoções.

Quanto mais triste, mais confiável. Quanto mais calado, mais concentrado. O que é um tremendo engano.

A criatividade chama a brincadeira, assim como a risada renova a disposição.

Se um funcionário ri no ambiente profissional, o chefe deduz que ele está vadiando, sem nada para fazer. Poderá receber reprimenda pública e o dobro de tarefas. Quem diz que ele não está somente satisfeito com os resultados?

Se sua companhia ri durante a transa, você conclui que está debochando do seu desempenho. Quem diz que não é o contrário, que ela não festeja o próprio prazer?

Se a criança ri no meio da aula, o professor compreende como provocação e pede para que cale a boca. Quem diz que ela não está comemorando algum aprendizado tardio?

Se o filho ri quando os pais descrevem dificuldades profissionais, a atitude é reduzida a um grave desrespeito. Quem diz que ele não achou graça do tom repetitivo das histórias?

Se a esposa ou marido ri e suspira à toa, já tememos infidelidade.

O riso é escravo dos costumes, sinônimo de futilidade e distração quando deveria ser visto como sinal de maturidade e envolvimento afetivo.

Não reagimos bem à felicidade do outro simplesmente porque ela ameaça nossa tristeza.

terça-feira, abril 10, 2012

Grazi no Loucura Materna!

O texto "Dia do Parto", que eu acredito ser o mais emocionante que eu já escrevi, foi publicado no Blog Loucura Materna. É um espaço muito legal, onde tem postagens de várias mamães sobre muitos assuntos relacionados aos nossos pequenos. 


quinta-feira, abril 05, 2012

Grazi no Confessionário!

Tive a alegria de ter o meu texto postado no site Bebê.com. Uma das coisas mais emocionantes foram os comentários das outras mamães, que de alguma forma se identificaram com o meu texto. 



O desmame é da mãe


Há pouco mais de uma semana eu parei de amamentar. Sabia que mais dia, menos dia, isso aconteceria. E foi porque o destino quis, porque chegou a hora. De uma hora para a outra, o leite secou. E naquele dia, eu achei que era coisa de momento, pois tinha trabalhado demais e estava com a cabeça “cheia”. No dia seguinte, como de costume, na madrugada, fui dar um “mamazinho” pro Vitor. E, de novo, não tinha leite. Naquele momento, no meio da noite, não tinha muito tempo pra pensar no que estava acontecendo e preparei a mamadeira e depois dormi.

Mas os dias passaram e eu comecei a me dar conta que o meu pequeninho não mamava mais. E ele foi super bem, parece que entendeu, pois em nenhum momento fez escândalos “atrás do mamá”. Quem demorou um pouquinho pra entender foi mesmo a mamãe aqui. De um dia pro outro, assim, como num passe de mágica, parei de amamentar. Como sobreviver à “distância” do rostinho do meu filho na hora de mamar? Como aceitar que agora ele não “precisa” mais do meu leite? Essas e várias outras perguntas malucas vieram no meu pensamento. Mas me trouxeram respostas ótimas.

Meu filho está crescendo. Meu corpo entendeu isso. Primeiro o corpo, depois a cabeça, mas ok. A natureza é sábia e não deixa as coisas acontecerem por acaso. Hoje, ele não mama mais, mas em compensação, ele dorme segurando minha mão. Hoje, ele toma mamadeira sozinho, mas não tira os olhos de mim nem por um segundo. E é uma graça ver aquelas mãozinhas tão pequenas segurando aquela mamadeira cheinha. Já li em algum lugar que esta é a primeira separação de mãe e filho. Acho que depende de como cada mãe interpreta essa separação. Eu prefiro sempre olhar para o lado bom.

Não vivem dizendo por aí que criamos os filhos para o mundo? Eu quero mais é que o meu explore esse mundão, mame no peito, na mamadeira, no copo, no canudo. Que ele, depois de rolar, engatinhe, levante sozinho, caminhe, corra, tropece, caia, levante de novo, olhe pra frente e seja um vencedor. 

sexta-feira, março 02, 2012

O dia do primeiro pirulito



Uma doçura, assim não é a vida? Não poderia ser diferente a primeira vez que o meu pequeno sentiu a delícia de um pouco de açúcar nos seus lábios. Os olhos brilharam, aquela boquinha tão pequena salivava de tanta alegria. As mãozinhas melecadas e agitadas, numa coordenação perfeita para não deixar aquele pirulito tão novo e delicioso escapar.

Essa primeira vez do Vitor com doce me fez lembrar do quanto é bom experimentar coisas novas e que nos enchem de prazer. E também o quanto é bom repetir, repetir e repetir quantas vezes for possível, aquelas coisas que nos deixam felizes e satisfeitos.

Gosto de viver pensando assim. Que a vida é um doce que temos que estar sempre curtindo. Mas claro, como todo bom doce, com moderação e consciência. 

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Seis meses de doces descobertas


Há tanto tempo não escrevo e muitas coisas aconteceram ao longo desses meses. Uma das melhores coisas de ser mãe é descobrir as coisas. Tudo, desde o início, é pura descoberta.

Foi bem difícil largar o Vitor na creche, depois de 4 meses grudadinhos, durante 24h. Mas superamos, nos adaptamos e sabemos que essa separação faz parte do crescimento. Do meu e do dele. Descobrimos que somos inseparáveis, mesmo quando ficamos longe. Agora, o que dói um pouquinho o peito é deixar ele lá e aquele pitoco ficar me olhando, com a cara mais linda do mundo, até eu sair pela porta. Mas compensa na volta, na melhor parte do meu dia, na hora de ir buscá-lo. Sim, o sorriso e os sinais que ele dá de alegria ao me ver, não tem nada melhor.

E quando ele descobriu os pezinhos? E resolveu colocar aquele dedão tão picorruchinho na boca? É de babar e de refletir que ser criança é mesmo uma delícia.

Os novos sabores? Meu filho desde pequeno sempre se mostrou curioso e quando o assunto é comida, experimentar é com ele mesmo. Cara feia? Pra quê?! Ele aceita super bem frutas, sucos, salgados...até já provou uma batatinha do Mac! E claro, adorou.

Aquela resmungadinha de madrugada eu confesso que cansa. Me deixou com olheiras, um pouco mais cansada do que o normal...mas aqueles olhinhos brilhando quando me enxergam na beira do berço, faz todo sono passar e o meu coração pular de alegria.

Ser mãe é se derreter com cada coisa nova. E meu Deus, todos os dias têm coisas novas! Ele senta, ele grita, ele bate os pés na banheira, ele estica as mãozinhas para torneira, ele agarra meu rosto e me aperta de um jeito tão gostoso. Ele pode estar em qualquer colo, olhando qualquer rosto...mas ao me ver passar ou quando ouve minha voz, uma risadinha linda estampa aquele rostinho e faz a gente perceber o quanto é doce a relação de mãe e filho. Somos cúmplices, amigos, confidentes. Somos um exemplo de amor, de convívio, de respeito e de harmonia. E assim sempre será, pelo menos é o meu desejo.

Meu filho mudou meu mundo. Me trouxe mais vida. Me ensinou o que é amar de verdade, sem medo. Meu filho é meu tudo. O melhor que Deus podia me dar de presente. Sim, eu tô babando.