Há pouco mais de uma semana eu
parei de amamentar. Sabia que mais dia, menos dia, isso aconteceria. E foi
porque o destino quis, porque chegou a hora. De uma hora para a outra, o leite
secou. E naquele dia, eu achei que era coisa de momento, pois tinha trabalhado
demais e estava com a cabeça “cheia”. No dia seguinte, como de costume, na
madrugada, fui dar um “mamazinho” pro Vitor. E, de novo, não tinha leite. Naquele
momento, no meio da noite, não tinha muito tempo pra pensar no que estava acontecendo
e preparei a mamadeira e depois dormi.
Mas os dias passaram e eu comecei
a me dar conta que o meu pequeninho não mamava mais. E ele foi super bem, parece
que entendeu, pois em nenhum momento fez escândalos “atrás do mamá”. Quem
demorou um pouquinho pra entender foi mesmo a mamãe aqui. De um dia pro outro,
assim, como num passe de mágica, parei de amamentar. Como sobreviver à “distância”
do rostinho do meu filho na hora de mamar? Como aceitar que agora ele não “precisa”
mais do meu leite? Essas e várias outras perguntas malucas vieram no meu
pensamento. Mas me trouxeram respostas ótimas.
Meu filho está crescendo. Meu corpo
entendeu isso. Primeiro o corpo, depois a cabeça, mas ok. A natureza é sábia e não
deixa as coisas acontecerem por acaso. Hoje, ele não mama mais, mas em
compensação, ele dorme segurando minha mão. Hoje, ele toma mamadeira sozinho,
mas não tira os olhos de mim nem por um segundo. E é uma graça ver aquelas
mãozinhas tão pequenas segurando aquela mamadeira cheinha. Já li em algum lugar
que esta é a primeira separação de mãe e filho. Acho que depende de como cada
mãe interpreta essa separação. Eu prefiro sempre olhar para o lado bom.
Não vivem dizendo por aí que
criamos os filhos para o mundo? Eu quero mais é que o meu explore esse mundão,
mame no peito, na mamadeira, no copo, no canudo. Que ele, depois de rolar,
engatinhe, levante sozinho, caminhe, corra, tropece, caia, levante de novo,
olhe pra frente e seja um vencedor.