quinta-feira, abril 05, 2012

O desmame é da mãe


Há pouco mais de uma semana eu parei de amamentar. Sabia que mais dia, menos dia, isso aconteceria. E foi porque o destino quis, porque chegou a hora. De uma hora para a outra, o leite secou. E naquele dia, eu achei que era coisa de momento, pois tinha trabalhado demais e estava com a cabeça “cheia”. No dia seguinte, como de costume, na madrugada, fui dar um “mamazinho” pro Vitor. E, de novo, não tinha leite. Naquele momento, no meio da noite, não tinha muito tempo pra pensar no que estava acontecendo e preparei a mamadeira e depois dormi.

Mas os dias passaram e eu comecei a me dar conta que o meu pequeninho não mamava mais. E ele foi super bem, parece que entendeu, pois em nenhum momento fez escândalos “atrás do mamá”. Quem demorou um pouquinho pra entender foi mesmo a mamãe aqui. De um dia pro outro, assim, como num passe de mágica, parei de amamentar. Como sobreviver à “distância” do rostinho do meu filho na hora de mamar? Como aceitar que agora ele não “precisa” mais do meu leite? Essas e várias outras perguntas malucas vieram no meu pensamento. Mas me trouxeram respostas ótimas.

Meu filho está crescendo. Meu corpo entendeu isso. Primeiro o corpo, depois a cabeça, mas ok. A natureza é sábia e não deixa as coisas acontecerem por acaso. Hoje, ele não mama mais, mas em compensação, ele dorme segurando minha mão. Hoje, ele toma mamadeira sozinho, mas não tira os olhos de mim nem por um segundo. E é uma graça ver aquelas mãozinhas tão pequenas segurando aquela mamadeira cheinha. Já li em algum lugar que esta é a primeira separação de mãe e filho. Acho que depende de como cada mãe interpreta essa separação. Eu prefiro sempre olhar para o lado bom.

Não vivem dizendo por aí que criamos os filhos para o mundo? Eu quero mais é que o meu explore esse mundão, mame no peito, na mamadeira, no copo, no canudo. Que ele, depois de rolar, engatinhe, levante sozinho, caminhe, corra, tropece, caia, levante de novo, olhe pra frente e seja um vencedor.